segunda-feira, 18 de março de 2013

Conversas no Museu - Alimentação Saudável

No passado dia 13 de março iniciou-se o ciclo de Conversas no Museu sobre o tema "Alimentação Saudável" realizado no âmbito de uma parceria estabelecida entre a APEECE/EB2RSD e a Câmara Municipal de Resende.
Na presença da vereadora do pelouro da educação, prof.ª Dulce Pereira, da presidente da APEECE/EB2RSD, prof.ª Sandra Pinto, de cnicos da Câmara Municipal de Resende, de pais e encarregados de educação, do diretor do AER e da comunidade em geral, a nutricionista, Dr.ª Raquel Magalhães, convidada para dinamizar esta sessão, informou os presentes sobre as principais questões relacionadas com a temática da mesma, durante duas horas que pareceram breves minutos.
Nesta sessão agradável, os presentes foram informados e alertados para a importância dos primeiros hábitos alimentares na medida em que se consideram como determinantes na futura alimentação das crianças. A Dr.ª Raquel salientou, inclusivamente, a alimentação da mãe durante a gravidez como o início deste processo. Assim, desde de tenra idade que às nossas crianças devem ser incutidos hábitos saudáveis, os quais não devem ser apenas transmitidos mas vividos com eles, isto é, os pais devem ser um exemplo, pelo que os bons hábitos alimentares devem constituir uma prática familiar.
Entendendo-se alimentação saudável como aquela que fornece, equilibradamente, todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo, destacou que será melhor prevenir do que combater os efeitos decorrentes de uma má alimentação, como por exemplo: obesidade; desnutrição; diabetes; cancro; doenças cardiovasculares.
Neste contexto foi feita uma abordagem a cada uma das doenças elencadas, sobressaindo o aparecimento de um novo conceito de desnutrição, o qual está associado à compra de produtos alimentares supostos mais baratos, como refrigerantes e batatas fritas que "enganam a fome" e não cedem os nutrientes necessários. Continua a verificar-se uma tendência incompreensível para a compra de refrigerantes, quando a água devia ser a bebida de eleição.
Realçou que a alimentação escolar sofreu uma grande e positiva evolução aos diferentes níveis e que, por vezes, as crianças só têm acesso a uma devida alimentação no espaço escola.
Relativamente à diabetes e à hipertensão, mencionou que algumas crianças com apenas três anos já apresentam elevados níveis de colesterol, fruto de uma alimentação inadequada. Esclareceu sobre a diferença entre os dois tipos de diabetes: diabetes de tipo I e diabetes do tipo II, constituindo o segundo mais um exemplo das consequências de uma indevida alimentação. Desta forma, há que prevenir! É mais eficaz a prevenção do que o combate, pelos que os pais e os professores, enquanto modelos, devem constituir um exemplo.
A obesidade, considerada como a epidemia do século XXI, pode ser entendida como um doença crónica, multi-fatorial, que se define pelo excesso de gordura corporal acumulada. Esta tem sofrido um crescimento exponencial preocupante dados os padrões alimentares adotados pela nossa sociedade. A obesidade poderá estar associada a fatores endócrinos; genéticos; falta de exercício; distúrbios psicológicos; sedentarismo (Portugal é o país mais sedentário da Europa!) e maus hábitos alimentares como por exemplo: não tomar pequeno almoço, não lanchar; consumir excesso de calorias e poucos alimentos saudáveis. Foram enumeradas algumas situações potenciadoras de obesidade: jogar jogos de computador, ver televisão durante horas; apoio insuficiente e falta de orientação dos adultos e falta de locais seguros e atrativos onde as crianças consigam aumentar a sua atividade.
A Dr.ª Raquel Magalhães apresentou algumas propostas relativas à alimentação. Aconselhou a que a mesma tenha texturas suaves e cor, devendo ser atrativa. Os legumes devem fazer parte de todas as refeições, devendo a refeição dos pais ser igual às dos filhos. Deve verificar-se regularidade nos horários das refeições, devendo estas realizar-se num ambiente calmo, sem a presença da televisão. Não se deve "forçar" a criança a comer a totalidade da refeição nem premiá-la com doces pelo bom comportamento. Nos pratos das crianças devem ser colocadas pequenas porções e permitir a repetição se a criança o desejar. Alertou que as refeições são atos sociais e como tal devem também constituir momentos de confraternização. Sugeriu que a criança fosse envolvida na decisão, preparação e confeção da refeição. Referiu que se deve evitar ter em casa alimentos não saudáveis, não devendo proibir as crianças de os consumir mas apenas de restringir o seu consumo. Salientou a importância do pequeno-almoço e do consumo da sopa antes do primeiro prato, considerando-a como essencial numa alimentação saudável.
A família deve promover hábitos alimentares saudáveis, devendo guiar-se pela Roda dos Alimentos.
Por último, um agradecimento público à Dr.ª Raquel Magalhães pela forma como recebeu o convite da APEECE/EB2RSD e dinamizou a sessão "Alimentação Saudável".
Relembramos que a próxima sessão será no dia 10 de abril sobre Acompanhamento ao Estudo.

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